domingo, 29 de julho de 2012

Reboot

- O que foi?
- O que foi, não torna a ser.
Já era. Jaz. Era.
Zera tudo e recomeça

sábado, 28 de julho de 2012

Aniversário

Quando meu aniversário se aproxima
Sou possuído por um otimismo profundo
Dá vontade de subir uma montanha e lá em cima
Gritar bem alto: "EU SOU O REI DO MUNDO!"

domingo, 10 de julho de 2011

No final tudo dá certo


Pessoal gosta de falar que no final tudo sempre dá certo.
E se não está certo é porque ainda não acabou.

Sempre achei que fosse só uma frase para encorajar a não desistir, votos de otimismo, gentileza civil.

Mas dia desses, ouvindo a conversa de dois amigos sobre o embate iminente do último semestre de faculdade para se formar, percebi que é pura lógica. É muito simples...

No contexto universitário, o adágio exposto no início deste texto pode ser interpretado como segue.
Dado que o aluno irá se formar cedo ou tarde (desconsiderando possibilidade de jubilamento ou desistência), até o pior dos alunos que nunca na sua vida acadêmica passou em todas as disciplinas matriculadas terá no seu último semestre enfim completado seu currículo. Ou seja, terá de fato passado de 100% das matérias matriculadas[1].
Caso ele não passe em tudo, então não é o último semestre e ele se matriculará novamente naquela(s) que ele não passou (de novo). Até que um dia ele passa de tudo e esse sim será o último semestre. E esse sim terá tido 100% de aproveitamento.
Olha só, por essa perspectiva, todo aluno que se forma, o faz como um aluno exemplar que passa de tudo.

É igual um sistema de controle[2] retroalimentado.
1- Mede a variável de saída do sistema
2- Compara com o valor desejado
3- Se não chegou ainda usa o acionador pra empurrar mais um pouco
4- Volta pra etapa 1

E cada vez fica mais perto do valor desejado, até que chega lá[3].

Então, mas a hipótese colocada ali entre parênteses é muito forte né? Sem jubilamento e sem desistência. Ou seja, ele pode tentar infinitas vezes até dar certo.

Saindo do contexto universitário, pensando nos problemas gerais da vida. Será que dá pra aplicar essa lógica?
Acho que as pessoas terminam apelando. Tem aquele outro ditado popular, "Se não pode vencê-los, junte-se a eles."
Se uma coisa não está dando certo, muda o objetivo pra algo mais ao alcance e vai lá e consegue. De alguma forma justifica pra si mesmo[4] que o tempo perdido com o objetivo anterior era só uma fase de aprendizado, de preparação.

E aí, desse jeito, escolhendo com conveniência o objetivo e o momento considerado final, fica fácil dizer que no final tudo dá certo.
Para ser franco então deveríamos dizer assim:

No final, tudo dá certo. Se não deu ainda, mude[5] seu conceito de certo e de final até que consiga se convencer que algo foi concluído e com sucesso.


Referências Cruzadas Potencialmente Obscuras e Aleatórias
[1] Huge success (Portal - Still Alive)
[2] Purposeful behavior (CONTROL - Principia Cybernetica)
[3] Ele disse que chegava lá (Chico Buarque - meu guri)
[4] Racionalização da frustração (Dissonância cognitiva)
[5] GPS - "Recalculando rota"

sábado, 2 de julho de 2011

Sonho pra deixar Inception no chinelo


Já tive sonhos estranhos. Mas o que tive essa noite supera todos. Nem sei como descrever direito.

Sonhei que eu acordava à noite com um barulho. Eu levantava pra ver e vi alguém mexendo no armário no outro quarto. Só que essa pessoa era eu mesmo! Por algum motivo eu sabia que esse eu do outro quarto era um sonho, mas se era um sonho então eu estava dormindo.

Quer dizer, eu estava ao mesmo tempo em 3 cantos. Dormindo (1), Sonhando que estava mexendo no armário no outro quarto (2), Desperto observando minha projeção onírica do outro quarto (3). Então eu (o 3 que era quem estava consciente da situação) tentei acordar o eu 1 pra fazer o eu 2 sumir. Quando eu consegui, o 2 e o 3 sumiram e o eu consciente passou a ser o 1. Que acordou muito confuso com a recente sensação de bi/tri corporeidade.

Mas tudo isso foi só um sonho.

Acho que ficar lendo sobre paradoxo ontológico e enredos com laços temporais antes de dormir não foi uma ideia muito boa...

sábado, 11 de junho de 2011

Dia dos namorados

Um soneto em homenagem aos casais de namorados.

As flores murcham e morrem no vaso
O chocolate engorda e dá espinha
Presente mesmo digno de rainha
Ou namorada que seja no caso

Não pode ser entregue em sacolinha
Também não pode ter preço e nem prazo
Sem falar que não se tolera atraso.
Já sabe o que eu vou te dar? Adivinha!

Quando é sincero e verdadeiro o amor
Melhor que carinho, não há presente
Ficar um ao do outro inteiro dispor

Um filme com pipoca, de repente
Sei lá, se aconchegar no cobertor
Fingir que vai durar eternamente.

domingo, 29 de maio de 2011

Loop infinito na Wikipedia


Inspirado pelo tooltip do xkcd 903.
Diz lá que qualquer artigo que você pegar na wikipedia (english), se clicar sucessivamente no 1o link que não está dentro de parênteses nem em itálico, você termina invariavelmente chegando em Philosophy.
Testei com alguns artigos aleatórios, e de fato, isso se verificou.
Aí eu me perguntei, "e se continuar com a regra depois de Philosophy?"
Descobri que tem um loop infinito entre Philosophy, Mathematics e Science.
Veja.

Philosophy - Existence - Sense - Physiological - Science - Knowledge - Fact - Information - Sequence - Mathematics - Quantity - Property - Modern philosophy

Daqui a pouco alguém deve surgir com alguma teoria à la código da Bíblia de que todas as previsões do futuro estão contidas na wikipedia é só usar a regra certa de navegação pelos links.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Lembre-se que morrerás

Como costumava dizer poor Tuco, o feio, de the Good the Bad and the Ugly, o mundo é dividido em 2 tipos de pessoas... [a continuação varia]

Mas essa decurrolagem é bem mais antiga, tem até lista de frases que começam assim.
Tem uma que é atribuída a Aristóteles (mas eu duvido muito*) que diz o seguinte:
"As pessoas dividem-se entre aquelas que poupam como se vivessem para sempre e aquelas que gastam como se fossem morrer amanhã."

Perfeito! É simplista mas resume bem. Penso assim faz tempo.
O que eu acho que acontece é o seguinte: em algum momento entre a infância e a vida adulta, a pessoa se dá conta, percebe com plena consciência, que irá morrer um dia. E a essa epifania compulsória seguem-se duas respostas possíveis:
- Vou morrer, não sei quando. Provavelmente não hoje, mas talvez já amanhã. Então vou aproveitar o dia de hoje o máximo possível. Vou buscar ter o máximo de prazer nessa vida efêmera porque sei que o prazer satisfaz, por um instante pelo menos, esse meu corpo decadente;
- Vou morrer, e com minha morte, tudo o que eu fui será esquecido e apagado e substituído. Então de que adianta viver? Existem, contudo, coisas que eu posso realizar em vida que serão lembradas por sua beleza ou grandiosidade ou de cujas consequências afetarão a vida dos que ficarem depois da minha partida. Vou procurar realizar o máximo de coisas para que minha obra seja prova da minha passagem pela vida.

Pra quem não entendeu, segue em bom latin.

Memento Mori !
- Carpe Diem
- Non Omnis Moriar

(tá bom... eu tento traduzir)
Lembre-se que irá morrer
- Aproveite o dia
- Não morrerei completamente

Agora, essas duas respostas só são antagônicas se levadas ao extremo. Quem só quer ter prazer não realiza nada e quem só quer realizar não tem prazer. Mas se você pensar bem, há prazer na realização e há realização no prazer.

Bottom line, "aproveitar a vida" pode significar coisas diferentes para uns e para outros, não há um caminho certo. Qualquer que seja a sua filosofia de vida,
[...bzzzt ...] sentido da vida é [... rhurhuwhruhruwhr ...] para ser feliz [... shshsshshshshshs ... ]
Não, sério, eu juro que eu tinha pensado numa conclusão legal pro texto, desviei a atenção 1 segundo e esqueci o que ia escrever.


* A quote mais próxima que eu encontrei em inglês é esta