quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O Trem ou Metrô que nunca para


Uma idéia que eu tive um dia desses, andando de trem.

É um inconveniente ter que parar em várias estações que não me interessam. Tá, é um transporte público coletivo e cada um quer ir pra um lugar, portanto o veículo deve parar em vários pontos para atender satisfatoriamente aos usuários.

Eu ponho em questão esse "portanto".

Imagine um trem que não para. Ele cumpre seu itinerário (de preferência circular) completo ininterruptamente a uma velocidade constante.

Isso seria ótimo porque a velocidade média fica maior já que não perde tempo acelerando e desacelerando, não desperdiça energia com frenagens e, de quebra, põe abaixo o inconveniente ilustrado no início. Ah, e como a velocidade dele é constante, não teria forças inerciais, reduzindo portanto a necessidade de ficar se segurando o tempo todo. Só nas curvas que ainda teria um pouco de centrífuga.

Mas peraí, se ele não para, então ninguém sobe ou desce do trem... isso não faz sentido!

Mais uma vez, eu truco esse "então".

Pensei em duas formas similares mas diferentes para resolver esse pequeno detalhe. Imagine o seguinte: você está parado na estação, um vagão (ou trem de transferência) para na sua frente, você entra. Esse vagão acelera até atingir a velocidade constante do trem que não para, e eles ficam emparelhados. Daí eles se acoplam e abre-se uma porta comunicando os dois trens. Você migra para o trem que não para e pronto. Quando quiser descer, um outro vagão irá se acoplar de lado, você entra nele, ele se destaca e para na estação desejada. Enquanto isso o trem principal não interrompeu sua trajetório periódica e ininterrupta.

A outra alternativa, que parece mais elegante, seria conectar os vagões em série e não em paralelo (pra este caso, imagine um trem sem cabeça e com vagões com acionamento independente). O vagão ou vagões de transferência saem da estação por um trilho que faz entroncamento com o trilho do trem que não para. Ele acelera, vai se aproximando da composição principal e se encaixa nela por trás. Ao mesmo tempo, os vagões da frente da composição, quando está chegando perto de uma estação, se destaca, acelera um pouco (pra se separar de fato), entra numa bifurcação do trilho, começa a desacelerar e para na estação.

Nesse segundo jeito, o legal é que fica uma relação direta entre a ordem dos vagões da frente pra trás e a ordem das estações de parada. Então, você vai e senta (ou fica esperando de pé, sei lá) no vagão que irá se desacoplar exatamente na estação que você quer. É como se cada vagão tivesse um destino diferente! E teria mesmo!!


Um comentário:

  1. Boa idéia Tácio, fiquei com vontade de montar uma simulação e medir a eficiência deste novo sistema =)

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